segunda-feira, 28 de junho de 2010

caso de boteco

Estava num bar, eu, Lola, com 21 frescos anos na época. Homens ricos, pobres, velhos e novos, todos lá, querendo. Sentava-me ao lado de um senhor de cabelos encaracolados grisalhos quase até o ombro, um nariz aquilino e aristocrático, os olhos gostosos e incisivos depois de três doses de vodka. Levanto-me, bêbada, e vou até o banheiro. Quando volto e me sento o senhor, tendo percorrido meu corpo com os olhos, me pergunta:
-Você tem a bunda fria, né?
-Como você sabe?, respondo curiosíssima.
-Fica vermelhinho, bem aí onde acaba a calça, no cofre.



E tentava pegar minhas mãos, eu desviava, puxava, tinha medo. Não, não!
-Mas o que você quer!?, irritadíssima
Silêncio. Olhar. Drama. Bafo de vodka...

-Eu quero saber como você cheira...debaixo dos cabelos.



-Vai meninha, vai!, gritando como um louco como se estivesse gozando ao me ver dançar
-Quero ir embora., séria
E olhando puto, gritando, me segura pelos braços:
-Porque você não me deseja?!
Exasperada:
-Você não deixa meu desejo florescer!

2 comentários:

  1. Não rolou, não deu quimíca, e quando isso acontece tem que ter algo a mais... assim Lola olha para ele com cara de nojo...
    -eu vou embora!
    - ele desesperado! Por que não me deseja?
    - Tempo, preciso tempo, pra querer... time cold!

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