terça-feira, 20 de dezembro de 2011

égua

Se ressentia por não ter a boceta bonita como a da égua.

jovens e duros

E quando disse que lhe amava por aqueles seios jovens e duros, se fez a nascente de um rio morno por entre suas pernas.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

fora de controle

Surpreendia-se com o fato de que a agressividade que herdara da mãe, e que parecia agir de forma autônoma, voltava-se quase sempre contra ela mesma. O mesmo acontecia com o poder de seu sexo.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

nada mais a dizer

Ela olhava para longe não tendo mais nada a dizer sobre o homem que a traíra dentro de seu próprio sexo. Seus raciocínios findavam antes de serem concluídos. Era a inconclusão em que seu coração havia ficado ao topar com a realidade imutavel de que aquele homem, que tanto havia pedido à ela entrega, a machucou sem aviso assim que conseguiu o sim que tanto almejava.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

terça-feira, 11 de outubro de 2011

bebezão insatisfeito

Quanto mais bonito era um homem, mais ela se excitava em pensar que ele era o filho de outra mulher. Ela então queria dar à ele tudo o que aquela outra mulher não poderia dar. E no fim percebia com decepção e desprezo que aquele homem não passara de um bebezão grosseiro e eternamente insatisfeito.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

fumar

Voltou a fumar porque só assim conseguia sentir aquela coisa horrível dentro de si.

segredo sujo

Aquele homem por quem havia se apaixonado se tornara algo como um segredo sujo em sua vida.

minha querida

E disse sorrindo para a amiga:
-Não minha querida, ele não fez isso pra terminar não, é que ele tem um comportamento abusivo mesmo.
Risada amarga.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

conselheira

A morte, tomando-lhe a amiga que já não via ha tempos, sussurrou-lhe no ouvido que ela havia estado distante daquelas que eram as mais importantes pra ela e que o tempo não pararia para esperá-la.



[para Patrícia, que sabe escutar]

terça-feira, 4 de outubro de 2011

mijo

Ele sentou-se para mijar e mijou ali de pernas abertas, com o pau pendurado. Ela, também nua, não conseguia parar de olhar para aquilo. Chegou mais perto com a xota na cara dele e ele caiu com a boca no grelo ainda sentado naquele vaso.
Ela gozou com o cheiro do mijo dele possuindo-lhe as narinas.

namorando um jovem ator

Suspirava sorrindo com uma leveza triste contando que sentia a eminência do fim de seu romance com aquele menino que andava pelado por aí.

desacato à dignidade

Honesto é um homem que peida o dia inteiro.

[foi aquele miíudo que disse!]

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

malagueta

Ela era uma pimenta malagueta, solitária por opção. Mas deixar de arder, meu bem, nunca deixava.

promíscuas e traiçoeiras

Aos olhos deles, somos todas promíscuas e traiçoeiras. Porém aos nossos olhos, somos exatamente como eles: temos tesão e não desperdiçamos a oportunidade de um corpo gostoso e uma bela gozada.

proibição da burqa em Paris

E, contra a lei que proibe o uso da burqa na França, disse:
-Eu usaria uma burqa sem problema algum.
A que era a favor da lei não deixou barato:
-Inclusive faria um favor aos outros.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

privada

Quando sentou-se no vaso e estremeceu pensado que era naquela privada que ele mijava, naquela privada que ele cagava. Passou depois o papel na boceta de forma lenta e emocionada e, saindo do banheiro, mal conseguia olhar para ele.

amor

E voltando a deitar-se com ele voltava a perceber a delicadeza da água que escorria da torneira e da bosta que saia de seu rabo. Amava aquele homem.

nem nuca, nem costas

Ela gostava de sentir a boca dele alí, onde não é mais nuca mas tampouco é costas. Se arrepiava intera e sentia em seu rabo o futuro de uma presença.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

terça-feira, 27 de setembro de 2011

saudades dele

Saber que não teria mais aquele macho que entendia o som dos animais, a direção do vento e o silêncio das rochas tirou-lhe a vontade de falar e seu olhar ficou perdido. Vendo só a ausência dele entendeu o preço da escolha que havia feito. Sofria a falta daquela bunda, daquele torso, de todo aquele volume vivo e daquele pau, que ele mesmo havia lhe contado que pulsava por ela.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

feminilidade

Para ela o mundo parecia mais suave e seu corpo mais femino e delicado. Estava esquecendo-se dos homens e voltava a desejar mulheres.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

existencialmente broxa

E toda vez que ia vê-la algo de trágico acontecia. Ele, ao invés de gozar da delícia viva e úmida daquela mulher, voltava-se então para aquilo que estava findando. Com o decorrer do tempo e as sucessivas frustrações ela, por um momemtno esquecendo de toda potencia daquela virilidade vivida, percebeu com repulsa e desprezo que ele era existencialmente broxa.

Quem pensa que por causa disso ele saiu das fantasias de seu sexo se engana, isso a fez desejá-lo ainda mais: regojizava imaginando o dia em que iria curá-lo com seu afeto desesperado de santa.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

infinito

No infinito daquela nudez daquele moço encontrava o lugar que não era nem seus pés no chão e nem sua cabeça nas nuvens, era o espaço universal que havia entre seu sexo e seu coração. Era todas as mulheres e ao mesmo tempo nenhuma.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

chupada

Na segunda vez que chupou aquele pau começou a compreendê-lo.

judeu

E na cama sempre descobria que era judeu. Ela gostava daquele sorriso contido e, acima de tudo, do peru cortado.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

dormiu

Dormiu sem tomar banho, com o cheiro do mato, do macho e da manga.

em uma metáfora

-Desculpe, você é minha amiga, mas é um tesão.
Ela ouviu, riu e quis comê-la em uma metáfora.

imagem picassiana


-Sabe, agora eu percebi que ele gosta realmente de mim. Antes achava que ele não me levava sério e que era um filho da puta.
Ela disse isso, querendo ouvir o sim da amiga que transformaria toda aquela pintura romântica em realidade. Mas a outra respondeu:
-Ele gosta de você, não te leva a sério e é um tremendo filho da puta.
Por nunca ter estado nos braços daquele homem a outra não estava a mercê daquela bunda bem feita. Então mesmo excitando-se com as chupadas que ele havia dado na xoxota da amiga, formava dele uma imagem picassiana.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

o amargo da boca

As vezes ficava amarga e sentia que sua boca se enchia de serpentes.

estava olhando ele

Outra moça, a vendo vendo fazer caras e bocas enquanto olhava a tela do computador, apontou rindo e falou:
-Olha como você interage com isso!
Ela então virou o computador e mostrando a imagem do lindo homem que havia na tela:
-Com isto? - perguntou lembrando que ele também a desejava.
A outra perdeu o riso, e calou-se

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

o espírito santo

E naquele pensamento feliz a amarga ausência dele quis se insinuar. Mas ela foi salva por um passaro, que furando o ar justamente em sua frente a trouxe de volta para a vida nova que abria-se sem cessar.

domingo, 4 de setembro de 2011

como porcas

Comiam aquela comida gordurosa como duas porcas, riam e conversavam se sentindo cada vez mais redondas. Eram barrigas, seios e quadris que se tornavam satisfeitos e cheios mesmo com a magreza das moças . Misturando carne, pão, batata, maionese, suco, engordando as coxas, aumentando a celulite e amaciando a carne, a tristeza passava.
-É um pecado!, exclamou alarmada a primeira.
-Mas isso fica entre nós!, susurrou séria a outra.

Só alí em segredo é que toda aquela fertilidade era permitida.

necrófila

Eventualmente chega o dia em que você tem que matar o seu marido, trepar com o cadáver, engolir tudo o que não pode ser dito e chorar por cima daquele corpo apodrecido durante dias.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

queria sentir aquilo

Quando via aquele rosto de homem empinado para cima, quase arrogante, sentia a iminência da aproximação daquele pescoço, daqueles ombros marcados.

Ela só queria sentir aquilo. Queria saber como seria ao final se ele prensasse o quadril contra o dela, de roupa mesmo e como seria envolver com as pernas abertas aqule sexo duro por debaixo das vestes.

Não dormiu de tanta excitação.

refugio

Refugiava-se nos silêncios pendentes de seus próprios seios e, esquecendo-se do vazio que se avolumara entre eles, não chorava mais.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

notícias

Com as semanas passadas seu tesão dormente começou a despertar às vésperas de ter notícias dele.

namoradas

A primeira, olhando o celular, concluiu:
-Somos namoradas: tem mais mensagens tuas que do meu namorado.
A segunda, como em um lampejo, disse brincalhona:
-Não me dê ideas, eu posso gostar...
As duas riram e nesse riso tímido e meio sem jeito tanta coisa foi dita que o assunto virou outro.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

independente

Não era ela que lembrava da trepada, era a sua xota, que sempre havia sido independente dela.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

a finitude dele

Ele, muito mais velho que ela. Ela, bem mais jovem que ele. Ela via nele todas as idades mas quando o via muito velho assustava-se e fugia. Isso virou uma constante, fugia tanto que acabou não voltando mais.

Porém, capturada pela saudade foi devolvida à ele. Quando o viu quis fugir novamente, mas fez força para ficar. No esforço, seus sentimentos foram desvelando-se até que a parte mais tenra e delicada fosse exposta: o sentimento antecipado da viuvez pelo homem a quem mais havia amado até então.

Num instante, percebeu com um choque sereno que estaria no mundo por muito tempo e ao mesmo instante gritou um choro que quase lhe explodiu o peito.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

incesto não dito

O silêncio daquele triângulo amoroso incestuoso foi se tornando cada vez mais barulhento. A filha gritava, a mulher sentia um tumulto no peito. A mulher não teve opção além de sair da casa que virou da filha: a filha então tornou-se mulher e a mulher, amante.

Para a amante dizia não aguentar mais a mulher, mas com esta agia normalmente apesar dos crescentes conflitos em sua casa. Quando ia visitar a amante, esta comentava:
-Que marca de batom é essa, aí perto do teu pescoço? Você não disse que as coisas não iam bem?
Ele, nervoso, dizia não saber como aquilo aconteceu.

O barulho tornou-se insuportável. Ambas gritavam em seu ouvido, uma de cada lado enquanto ele, fugindo da vergonha que aquilo se tornara, se consumia em culpa, impotência e um tesão que custava ser contido. A amante, percebendo que nunca poderia exercer o papel de mulher que lhe cabia e a mulher, percebendo que nunca poderia se apossar de seu direito de ser filha foram embora.

Ele ficou em silêncio, com o coração partido, mas a salvo ter sabido o que foi tudo aquilo: o não interdito.


*'O pai que aceita a interdição do incesto, perde uma
relação privilegiada com a filha; o que ele ganha é que a filha terá uma criança
e ele será avô.'

domingo, 14 de agosto de 2011

delícia angustiada

Seu andar forte e decidido, quase brusco, o rosto perfeito e o olhar triste gritavam à ela que seria uma delícia. Ela se inclinava um cisco a mais pra tentar sorver um pouco daquele cheiro, se molhava e fingindo normalidade conversava com aquele bicho.

Não ouvindo nada do que ele falava e tentando negar sua delícia, sentia na xoxota quase uma angústia.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

tornando-se sua mãe

E no banho, lavando o ventre e as tetas sentiu a solidão do seu corpo. Foi cerrando os olhos lacrimejantes e por entre cílios e água, no canto da visão viu com uma consciência madura que já tinha desde menina. Tudo era tão claro e tão óbvio que sua boca se contorceu e ela chorou com os olhos entreabertos toda a consciência doída e majestosa que havia herdado de sua mãe.

lavadinha

Gostava de lavar a xoxota com água fresca e corrente depois de trepar pois assim podia acalmá-la delicadamente, como que mimando-a. Também era a única forma com que se permitia, em sua timidez, sentir com as mãos a carnudez de sua própria xota.

professora

A professora menstruada, entre uma aula e outra, foi ao banheiro e, ao abaixar a calcinha sentiu o aroma forte e morno do sangue empapado entre as dobras e os pelos.

terça-feira, 21 de junho de 2011

xoxota

-Mamãe, os meninos não tem xoxota!
-É verdade filha, elas não tem essa parte do corpo: falta neles.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

ai, vovô! - segunda parte

A outra, que até então só tinha ouvido e imaginado o quão gostoso deveria ser o velho, resolveu tecer algum comentário:

-É, estamos bem. No dia que alguma de nós estiver na cama com um homem falando todo tarado 'tenho idade pra ser teu bisavô, minha puta!' ai sim fodeu.

ai, vovô!

A primeira descreveu a sensualidade do homem, que realmente pareceu gostoso a outra. Até que por fim terminou a descrição:
-Não parecia que tinha 80 anos! ... tinha idade pra ser meu vô.
Ambas ficaram então com os olhos bem abertos, não sabia-se se pela delícia descrita ou pela brutalidade incestuosa do desejo que sentiam.


terça-feira, 24 de maio de 2011

terça-feira, 5 de abril de 2011

maternidade

Quando sentiu o chamado sofrido da maternidade em seu corpo maduro finalmente entendeu o que era estar com um homem. E assim que entendeu, em um misto de mágoa e liberdade, desejou nunca estar com mais nenhum.

terça-feira, 29 de março de 2011

gravidez

- A pior doença que se pode pegar transando sem camisinha é a gravidez.
- Verdade! Se fizer tratamento pra AIDS o governo da de graça, agora se quiser fazer o pra gravidez o governo da é cadeia!

segunda-feira, 28 de março de 2011

a heterossexual desadaptada

Ao conversarem sobre o início da puberdade, uma delas falou:
-E tinha sempre aquele menino que gostava de você mas como não sabia o que fazer ficava enchendo o saco!
As duas riram juntas. Já a terceira, que só ouvia, não riu.

Ela não se lembrava da parte do gostar, apenas a parte que enchia o saco. As piadas sobre seus seios, os dedos que apontavam para o meio de suas pernas não podiam ser gostar, ela nunca havia entendido isso como tal. Ela, infezlimente estava presa ao fato de saber que o valor que todas elas tinham para eles não ia além do conforto e prazer que poderiam dar com compreensão maternal e boceta. Ressentia-se ao lembrar do menino que sempre a ridicularizava ter derrubado-a no chao quase montando nela ao ve-la de biquini. E daquele que parou de tratá-la mal assim que viu suas curvas por baixo de um vestido justo. Mas o que mais a magoava era não ter como suas amigas a alegria da cegueira que permite às mulheres ver nas constantes tentativas de humilhação masculinas o popular gostar 'bobo' e 'imaturo' dos homens e meninos.

sexta-feira, 11 de março de 2011

carne de vaca

Eles não falavam nunca sobre o seus próprios desejos, se referiam quase sempre à carne das mulheres e o máximo de auto-implicação que tinham no assunto era dizer o que fariam com tal carne, nunca considerando a dona desta.


Ela, ao ouvir seus colegas falando tais falas, as vezes dava um sorriso amarelo e por outras , mentindo para si mesma, entrava na brincadeira só para se sentir mais vazia ainda. A questão era que, independentemente de eles falerem desta ou daquela mulher com desejo ou com nojo ela, por tras do sorriso fingido via sempre seios, ventres, bundas e coxas balançando, como a carne de uma vaca maltratada pelos tapas das palavras daqueles homens


.

descobertas

Quanto mais ela se descobria sexualmente e tinha certeza de seus desejos e vontades menos os homens pareciam desejá-la.

quinta-feira, 10 de março de 2011

as mulheres pelos olhos dele

A forma como ele via as mulheres deixava-a quase doente. Quando ela via as mulheres através dos olhos dele, seu rosto franzia e seus olhos encolhiam como se um odor repugnante estivesse entrando contra sua vontade em seu nariz. Em seguida, seu estômago se embrulhava e as mulheres, pareciam se tornar sombras, depois contornos vazios e finalmente, como em um lento pesadelo, se tornavam galinhas disponíveis para serem fodidas só por ele.

Sentia então uma solidão e um silêncio imensos. Ela odiava-o por isso mas odiava-o mais ainda pela recusa que ele tinha em demonstrar entender o que estava fazendo: ele nunca admitiu.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

as outras

Não era inveja, ciúmes ou insegurança que tinha com relação às outras mulheres: é que seus andares, trejeitos e corpos esfregavam-lhe na cara a obscenidade de seu próprio tesão.

guloso

tem que provocar o cu primeiro
[prega por prega]
pra ele ficar guloso
[anel por anel]

"presentinho-de-Vênus"

-Tive um presentinho-de-Vênus hoje de manhã....fui acordada por um orgasmo...

cochicho

Então ele continuou, falando com a voz soprada e os olhos arregalados:
- Ele não queria que meu dedo passasse nem perto, mas depois de duas horas a pessoa parecia que só sentia prazer com um dedo no cu!


[ele me disse mesmo!]

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

gratidão

-A chupada que ele deu na minha xota foi maravilhosa, fiquei até com vontade de dar a bunda.
-É, quando eles são bons de trepa da vontade de dar a bunda mesmo....deve ser gratidão.

macho solar

E ele ia ficando sem graça com os elogios dela. Mas eram elogios que vinham do corpo, vinham do sexo dela. Quando ele abaixou os olhos ela, pousando carinhosamente as mãos no rosto dele, disse para encerrar o assunto:
-Chupar teu pau, meu macho, é como louvar o sol.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

amigo

-Sua opinião bissexual é uma das mais confiáveis que tenho, meu querido.

Ela sabia a medida de seu poder pelos olhos dúbios daquele bicho que transava homem e mulher.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

presidente mulher

Duas senhoras politizadas, tomando um chá, se alegravam imaginando o que a presidente poderia fazer pelas mulheres. Após um silêncio preocupado, uma delas finalmente teve a coragem de perguntar:

-E se ela tiver um pinto no meio das pernas?
A outra disse com uma raiva quase controlada:
- Isso ela já tem, o grelo dela deve ser vermelho e deste tamanho, como uma pimenta! O problema vai ser se ela tiver um pinto no meio da bunda!

Ambas, tanto a que ouviu as palavras quanto a que disse, se chocaram com o que haviam acabado de se dar conta.


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

a cura

Ela havia esquecido fazia tempo, se recusava a lembrar. Mas no banho, um dia, foi percebendo com horror que a lembrança daqueles homens habitava ainda seu corpo. O tesão bruto e indiferente deles se impunha vivamente em seu sexo, coxas e ventre enquanto ela via cenas difusas do que havia acontecido.

Ficou um tempo assim, até que de seu corpo e sexo assustados, surgiu um prazer corrosivo, doído. Sentia que merecia apanhar. Fechava os olhos, mas vivia tudo isso com uma serenidade que poucos teriam. As cenas foram se amainando e as figuras dos homens se desfazendo... um prazer de primavera foi finalmente tomando-a lenta e discretamente.

O tempo, debaixo daquela água corrente, passou. Ela agora só sentia seu corpo e o silêncio... sorria sabendo que eles, no fim das contas, não haviam tirado nada dela.

Curou-se.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

tetas

Nunca tendo tido filhos, secretamente invejava aquelas cujos pequeninos chorosamente lhes pediam as tetas várias vezes ao dia. Em sua fantasia igualava a maternidade à chupada sempre disponível.