segunda-feira, 29 de novembro de 2010

nossa senhora dos pintos

-Eles são esplêndidos, não ligam para nada, tiram a roupa e balançam os pintos por aí!
Ele contava isso à ela para constranger toda aquela castidade demonstrada. Por ser por demais educada ela sentia-se na obrigação de olhar para baixo, silenciar-se. Mas dentro de seu silêncio, desprezava com gosto aquele homem que queria constranger seu sexo, enquanto imaginava-se cuidando com desejo cândido e brincalhão de todos aqueles deliciosos pintos. Atrás da parede de desprezo disfarçada de timidez ela mimava, brincava, e acariciava todos aqueles pintos que, apesar da abundância de pelos enfeitando-os, eram sempre inocentes. Em sua fantasia, aqueles homens nus cujos pintos balançavam, se rendiam sem perceber a partir da brincadeira ao prazer, o caralho entumescia no tempo em que se brotam as flores. E finalmente quando eles esporravam em sua mão, boca, coxas ou sua boceta quente, ela envolvia-os com doçura ao mesmo tempo em que falava só com gestos:
- Pronto, pronto... mamãe está aqui...
Pensava tudo isso com os olhos baixos de santa enquanto fingia constrangiment ao homem que tudo aquilo que lhe contava.

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