segunda-feira, 29 de novembro de 2010

sem rosto

Ela, por ser tão doce, queria um homem passivo. Aquilo nada tinha a ver com cus. Tinha a ver com um corpo que se desnudava sem exigir a nudez dela, um pinto que deixava ser tocado, coxas que esperavam ansiosas e relaxadas o próximo toque dela. Ela não conseguia contar esse desejo para ninguém, não por vergonha, mas pelo temor que ela mesma tinha de perceber que esse homem nunca teria um rosto. De tudo em suas taras, isso era o que mais a afligia.

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